
(...)Everybody else wanna fall in love There's no room for love in a modern sky Living in the era vulgaris Just drool in the dark As you stare at the lights (...)
Assim canta
Josh Homme na faixa título do novo trabalho do
Queens Of The Stone Age nomeado de
Era Vulgaris. A insatisfação sobre o mundo atual ganha uma abordagem nesse álbum. Diferentes dos anteriores, onde o QOTSA seguia uma ideologia libertadora do tipo: “Vamos trepar e se chapar porque esse mundo é uma bosta”. O que não deixa de ser viável se tratando de rock and roll.
Em Era Vulgaris, Josh cede espaço para sua ironia e percepção do mundo artístico na faixa
I’m Designer. Antes que algum Designer se ofenda, Josh usa “designer” como uma gíria para pessoas superficiais e vendidas. Curiosamente ou não, no meio de tantos designers no universo show bizz, o QOTSA de certa forma, sempre se distanciou dos circuitos hypados e pistas modernetes de Londres, por exemplo.
O que diferencia Era Vulgaris de seu antecessor Lullabies to Paralyze, é justamente o peso e a consistência que faltou no álbum anterior.
3’s & 7’s é uma Little Sister mais crua com uma guitarra tosca alá
Kinks. Os esporros modernos aparecem por aqui novamente, com o velho toque sombrio e uma certa influência de
NIN em
Sick Sick Sick e na faixa de abertura
Turnin On The Screw, a primeira contando com a participação do
stroker Julian Casablancas.
Nesse amargo mundo moderno, qualquer um pode ter uma recaída. Falo por
Mark Lannegan, sempre fazendo belas participações no Queens, e em
Into The Hollow não foi diferente.
Make It Wit Chu é um belo Blues Pop que também ajuda a suavizar o álbum. Essa música com uma curiosidade em seu final, ao serem tocados os acordes principais do refrão da faixa título do álbum, como se fosse alguma mensagem subliminar para você comprar o álbum.
Hum... viajei né?!
Mas QOTSA é pra viajar mesmo!