domingo, dezembro 23

Momento Alta Fidelidade

Fim de ano e sem saber exatamente o que escrever aqui. Alheio a muitas coisas, preguiça de ouvir álbuns, assistir novidades no cinema...caso existisse algum prêmio Homer Simpson para blogueiros, sem dúvida estaria concorrendo.
Um 2007 que foi marcado pelo acidente da TAM, vinda do Papa ao Brasil, bafafá do cataclismo global, Penta campeonato do São Paulo e rebaixamento do Corinthians (hehehehe) e outros fatos sem tanta importância.
Um ano sem muitas novidades musicais, onde os cinco melhores álbuns que você ouviu, foram das mesmas bandas que você também mencionou há cinco ou três anos atrás.
Não sei bem os nomes que empolgam atualmente. O ano passado era o Arctic Monkeys. Falaram muito sobre Klaxons esse ano, mas não me atraiu muito por enquanto. Possivelmente demore mais um tempo para apreciar, como Be Your Own Pet e Fratellis, coisas bacanas recém-surgidas.
Sendo assim, este blogueiro alienado e enjoado, apenas irá se limitar a citar seus discos preferidos de 2007, em mais uma dessas nostálgicas listas de fim de ano.
Essa é pra você, John Cusack!

1- Era Vulgaris - Queens Of The Stone Age


2- In Rainbows - Radiohead

3- Favourite Worst Nightmare - Arctic Monkeys


4- Roots & Echoes - The Coral




5- Baby 81 - Black Rebel Motorcycle Club


quarta-feira, novembro 21

...






Desde o lançamento de Cidade de Deus que o cinema brasileiro não dava seu ar da graça. Tropa de Elite - o novo trabalho do diretor José Padilha – é o filme mais comentado do ano (bla bla bla bla...você já cansou de ler isso, não é?!).

O filme gerou muita polêmica sobre acusações de apologia a violência policial e um dos bichos papões que assombram as grandes distribuidoras: A pirataria.
Em relação á última citada, pode ser que tudo seja uma jogada de marketing. Não só porque as grandes massas abraçaram o filme com suas cópias piratas vendidas em cada barraquinha de camelô, mas o marketing viral do filme faz qualquer cinéfilo ou especialista desconfiar de qualquer revolta dos produtores/diretores/atores, esses que deixam transparecer um ar de falsa ingenuidade ao condenar a pirataria com unha e dentes.
Curiosamente se tornou uma prática exibirem filmes antes para formadores de opinião, certo?!

Esteticamente, o filme não deixou a desejar. O diretor consegue captar muito bem o caos dos conflitos entre traficantes e policiais, através de um estilo bem contemporâneo de filmagem e uma narrativa bastante desenvolvida com otimos atores coadjuvantes e uma atuação firme de Wagner Moura.

Já a tão falada apologia ao Estado policial, é uma grande bobagem. O filme apenas mostra o ponto de vista policial não mostrando nenhuma espécie de heroísmo do Bope e da PM. Muito pelo contrário, o filme passa a imagem de que muitos policiais são corruptos e que apenas alguns se salvam em meio de tanta desonestidade.
Seria muita imaturidade achar que os grandes problemas de violência nas classes menos favorecidas, sejam apenas culpa de policiais mal preparados e mal remunerados. Assim como seria imbecilidade achar que Capitão Nascimento seja a cura para os males do nosso país.

Tropa de Elite é apenas um filme que se limita mostrar a realidade de ambos os lados sem deturpar nenhuma espécie de valor, seja marginal ou valor reaça do tipo “Bandido bom é bandido morto!”.


*Menção Horrorosa: Tihuana como trilha sonora não dá!







sábado, outubro 13

Deus abençoe o Foo Fighters!

Dave Grohl deve ser um desses caras mais sortudos do mundo, um motherfucker mesmo. Como baterista conseguiu tocar na banda mais influente dos anos 90 e não se sente nem um pouco desconfortável à frente de uma banda de rock tão popular como o Foo Fighters, talvez por isso ele se divirta tanto. Em Echoes,Silence,Patience & Grace cujo repertório visita variações do rock'n'roll, Grohl afirma que todos na banda se tornaram melhor compositor e melhor instrumentista. Que o disco soa como algo que nunca foram capazes de fazer antes. Soa destemido!

Qual banda hoje em dia seria capaz de criar um rockão como "The Pretender", depois uma balada daquelas que fazem você querer ouvir a toda hora "Stranger Things Have Happened",alfinetar seu desafeto pessoal e viúva do seu ex-companheiro de banda em "Let It Die", homenagear mineiros da Austrália que ficaram soterrados em 2006 e que ouviam FF enquanto aguardavam resgate com “The Ballad of the Beaconsfield Miners”.

Essa banda é o Foo Fighters,que é capaz de criar um disco perfeitamente pop e invejosamente rock!

*http://www.youtube.com/watch?v=DKhnmUdmz74
(The Pretender Video)

terça-feira, outubro 2

Pérolas do fundo do mar


Pode-se dizer que o The Coral faz parte da segunda divisão do novo rock. A banda teve seu momento hype há mais ou menos cinco anos atrás e hoje conquista um publico menos expansivo.
Bandas como Supergrass, por exemplo, faziam um estardalhaço no primeiro álbum e depois desapareciam, a ponto de fulano que ouve Supergrass ser um indie seboso, e a banda acabava ficando com aquele status meio que cult.
Mas pelo menos no caso dessas duas bandas que citei, parte do abandono não foi devido á qualidade de seus seguintes álbuns. Não que isso seja um incômodo pra mim, mas eu gostaria muito de ouvir bandas como o The Coral tocando no rádio...bom, ai já é outro assunto, né não?!

O The Coral encantava o mundo com seu debut homônimo em 2002. A musicalidade bem variada, bebendo bastante no rock/pop sessentista, anos 80, até coisas exóticas experimentais que não saberia explicar para você.
Os traços de neo-psicodelia também são uma marca registrada em todos os trabalhos do Coral, variando do folk misterioso britânico e viagens lisérgicas Jim Morrissianas.

Esses ingleses de Hoylake (pertinho de Liverpool), lançam agora seu quinto álbum nomeado de Roots & Echoes. Não se encontram muitas novidades nesse disco, mas mesmo assim, criatividade por aqui não é escassa. Não tão inspirado como seu antecessor The Invisible Invasion de 2005, que considero o melhor da banda. Contudo, os caras não fazem feio em Who’s Gonna Find Me, Jacqueline, In The Rain e Music At Night.
Mergulhe sem medo!

quarta-feira, setembro 12

Ok,Ok...

Diria que esse começo de semana,foi no mínimo bizarro. Domingo,sim, domingo é o primeiro dia da semana, eis que resolvo assistir o VMA'S, ligo a tv e me deparo com Britney Spears um tanto menos gostosa, alienada e com a maior cara de madame chapada. Ela que foi convidada pra fazer o primeiro show da premiação (leia-se, salvar a audiência da Mtv), cantou seu 1° single 'Gimme More' do novo álbum. Dizem que o rapper Kanye West deu o maior piti porque o mesmo estaria lançando um novo disco e a Mtv não deu bulhufas de atenção. Pô Kanye, piti por causa da Britney é queimação de filme.




E hoje, foi dia de pizza e de porrada no senado. O côro comeu e o Renan Calheiros foi absolvido. E aí,alguma novidade, Brasil?

quinta-feira, agosto 23

Baby 81


O Black Rebel Motorcycle Club, surgiu como uma das promessas do novo rock e foi uma das poucas bandas que conseguiram se firmar com bons álbuns. O quarto álbum Baby 81, nos traz uma síntese de tudo que já foi feito por estes rapazes de San Francisco. As influências são basicamente as mesmas. Tudo que você pode imaginar de rock britânico até música de raiz americana como Blues, Folk, Gospel e seus semelhantes, como foi mostrado no anterior Howl.

Mais uma vez, o lado dark está presente aqui. Embora o peso das guitarras sempre prevaleça sobre climas psicodélicos e obscuros com ecos de Jesus & Mary Chain e outras esquisitices.
As 3 primeiras faixas dão o embalo ao álbum. Destaque para a animada Berlin e o rockão Took Out a Loan.

Cold Wind mostra o vigor da banda que nos faz lembrar os primeiros trabalhos, no meio de novidades pop como Window e Not What You Wanted. Não só apenas em 666 Conducer, mas o álbum tem aquele toque de estrada e liberdade em algumas canções citadas acima. Talvez seja toda vontade dos caras do BRMC de voltar na década de 50 e ser um beatnik, afinal, quem não gostaria?

A metade do álbum fica meio chata. Algumas músicas se salvam em meio aquelas viagens épicas com riffs repetitivos que a banda não se cansa de fazer. Não que seja ruim, mas é o tipo de música que ás vezes você precisa entrar no clima para apreciar...mesmo assim, não importa.

O álbum fecha com a belíssima Am I only. O vocalista Peter Hayes canta com aquela voz de maconheiro sentimental. A música termina com agudos vocais e teclados tilintando com a ótima sensação de melancolia e fuga, ou esse seria o fim de uma viagem?


sábado, agosto 18

The Defectors


Banda Dinamarquesa formada no fim dos anos 90, os Defectors fazem o velho Garage Punk feijão com arroz. Cheio de testosterona, ronquidão de garganta e gritos de WOO!, YEAH!, HEY! e etc.

Nesse quarto álbum, o som continua quase o mesmo. Bruised and Satisfied é mais horror que os anteriores, com músicas que cairiam muito bem para trilhas sonoras de filmes Trash caseiros.

Pra você que gosta de um revival do revival ou um underground do underground, está aí uma boa pedida!

Dá-lhe Fuzz!!!!

www.myspace.com/thedefectors

www.thedefectors.com/

sexta-feira, julho 27

Supergrass libera faixa ao vivo para download

Enquanto isso, sexto álbum do grupo segue sendo produzido,o Supergrass liberou para download uma versão ao vivo da música "Diamond Hoo Ha Man" em seu site . A música estará disponível a partir do dia 28, sábado.
Uma versão gravada em estúdio será incluída no novo álbum da banda britânica, sucessor de Road to Rouen, de 2005.
O sexto trabalho do Supergrass está sendo produzido por Nick Launay (Arcade Fire, Nick Cave, Yeah Yeah Yeahs) em Berlim, e deve sair no início de 2008.

*fonte Omelete

quarta-feira, julho 18

É a prosperidade do país, né?

Mais um acidente aéreo,mais 178 mortos,mais vidas perdidas pelo descaso das autoridades desse país. E nem a perda de seres humanos é capaz de responder as perguntas que várias famílias fazem ao ver seus entes irem embora e não voltar mais. Será que vai ser preciso ocorrer acidentes em maiores proporções para se tomar uma providência nesse caos que vivemos? Fica aqui a mensagem de luto e indginação pelo acidente ocorrido com o airbus da TAM,em Congonhas.
E agora dona Marta Suplicy, será que dar pra relaxar e gozar?

quarta-feira, julho 11

Era Vulgaris se aproximando


(...)Everybody else wanna fall in love There's no room for love in a modern sky Living in the era vulgaris Just drool in the dark As you stare at the lights (...)

Assim canta Josh Homme na faixa título do novo trabalho do Queens Of The Stone Age nomeado de Era Vulgaris. A insatisfação sobre o mundo atual ganha uma abordagem nesse álbum. Diferentes dos anteriores, onde o QOTSA seguia uma ideologia libertadora do tipo: “Vamos trepar e se chapar porque esse mundo é uma bosta”. O que não deixa de ser viável se tratando de rock and roll.
Em Era Vulgaris, Josh cede espaço para sua ironia e percepção do mundo artístico na faixa I’m Designer. Antes que algum Designer se ofenda, Josh usa “designer” como uma gíria para pessoas superficiais e vendidas. Curiosamente ou não, no meio de tantos designers no universo show bizz, o QOTSA de certa forma, sempre se distanciou dos circuitos hypados e pistas modernetes de Londres, por exemplo.
O que diferencia Era Vulgaris de seu antecessor Lullabies to Paralyze, é justamente o peso e a consistência que faltou no álbum anterior.
3’s & 7’s é uma Little Sister mais crua com uma guitarra tosca alá Kinks. Os esporros modernos aparecem por aqui novamente, com o velho toque sombrio e uma certa influência de NIN em Sick Sick Sick e na faixa de abertura Turnin On The Screw, a primeira contando com a participação do stroker Julian Casablancas.
Nesse amargo mundo moderno, qualquer um pode ter uma recaída. Falo por Mark Lannegan, sempre fazendo belas participações no Queens, e em Into The Hollow não foi diferente.
Make It Wit Chu é um belo Blues Pop que também ajuda a suavizar o álbum. Essa música com uma curiosidade em seu final, ao serem tocados os acordes principais do refrão da faixa título do álbum, como se fosse alguma mensagem subliminar para você comprar o álbum.
Hum... viajei né?!
Mas QOTSA é pra viajar mesmo!


sábado, junho 30

Easy Tiger


Depois de andar confessando em entrevistas e aos quatro ventos que quase morreu devido ao uso extremo de drogas, Ryan Adams está prestes a lançar seu 9º disco, Easy Tiger. Em tempos modernos como esse, claro, o cd já vazou.

Acompanhado pela sua banda, The Cardinals e mais satisfeito em agradar a si próprio sem apelar para experimentações, Easy Tiger mostra um Ryan à vontade com o seu velho violão e sua velha banda.

Desde Whiskeytown não se ouvia canções tão suaves e simples. Muito tempo empunhando uma guitarra deixou um resquício de agitação nas letras e melodia de Adams e agora ele volta com vocais brandos, refrões longos e a bela companhia de banjos, gaitas, pianos e alguns amigos cantarolando canções que parecem ter sido feitas num mar de calmaria.

É, parece que a vida de speedballs e tragos já se foi. O tigre virou gato e tudo anda so easy!

Ryan Adams - Easy Tiger (2007)
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sábado, junho 23

O Cheiro do Ralo


Com o cinema nacional numa espécie de evolução, resolvi então assistir O Cheiro do Ralo, nesses seus últimos dias de cartaz. Não conheço muito sobre o trabalho do Lourenço Mutarelli, mas só por esse filme, bateu uma curiosidade de ir atrás do resto das obras dele.
O "humilde" orçamento de 300 mil reais, foi o bastante para o diretor Heitor Dhalia fazer um trabalho impecável. Sem apelar pra clichês brazucas como sambão, favelas e trilhas sonoras melosas.
Filmado na zona leste de São Paulo, o Cheiro do Ralo conta história de Lourenço (pelo jeito, alter-ego do mesmo citado acima). Interpretado por Selton Mello - um dos atores mais bacanas do cinema brasileiro, Lourenço é um neurótico escroto que não gosta de ninguém. Trabalha numa loja de penhores, na qual recebe clientes tão bizarros quanto ele. Não tem muita preocupação em ser simpático com eles. Sua única preocupação, é que as pessoas pensem que aquele cheiro horrível do ralo seja dele, e não do própio ralo. E já que estamos falando de um filme brasileiro, nesse filme também é retratada uma de nossas maiores paixões: a bunda!
Ao almoçar num boteco sujo, Lourenço cria uma fixação pelo belo traseiro da garçonete e sonha em possuir aquela bunda a qualquer preço.
Apesar da excentricidade de seu personagem, Lourenço não é só aquele cara pessimista, individualista e sacana. Mesmo com toda escatologia que caracteriza Lourenço, se nota um pouco de sensibilidade do próprio e a angústia que a vida da nossa sociedade trivial e rotineira pode nos causar.
Não vou dizer que o filme é uma lição de vida e toda essa baboseira piegas de novela das 8. Só posso dizer que o cinema brasileiro precisa mais desse tipo de filme, que fale mais de Lourenços, Zé Pequenos e outros Anti-Heróis da vida.

terça-feira, junho 19

Todos Os Tempos- Cachorro Grande


O rock retrô dos gaúchos do Cachorro Grande, sempre chamou muita atenção da cena alternativa do rock brasileiro e do mainstream, esse último desde o lançamento do Pista Livre, de 2005.
A despretensão e espirito rock and roll dos trabalhos anteriores, dão espaço para o caráter pop de seu mais novo álbum, chamado Todos os Tempos.
Apesar da boa produção e de belos arranjos intrumentais, o Cachorro Grande faz um álbum menos conciso que os anteriores. Todo aquele mix de Beatles, Kinks, Who, Stones e outras influências sessentistas que você encontrava nos primeiros álbuns dos caras, ganha uma roupagem mais moderna. Parecido com o brit-pop que Oasis e Supergrass faziam na década de 90.
Encontram-se boas músicas como Você Me Faz Continuar, Sandro e a solene e melancólica Na Sua Solidão. Músicas maduras como essas, que se misturam com bobices adolescentes encontradas nas faixas Conflitos Existenciais e O Certo e o Errado, sem falar da terrivel Nada Pra Fazer, composta pelo baterista Gabriel Azambuja.
Não sei se pelo fato de todos integrantes estarem compondo, mas a soma final do álbum, acaba ficando tosca e desiquilibrada.


O divertido Cachoro Grande, se mostra um cachorro meio perdido, igual cachorro que caiu do caminhão de mudanças, se me permitem a infâmia.


quinta-feira, junho 7

Grunge is Dead? Então viva o Grunge!



Nessa última sexta-feira (dia 01/06), a banda norte-americana Mudhoney, se apresentou em São Paulo no recém inaugurado Clash Club, no bairro da Barra Funda – antes de se apresentar no tão aguardado Porão do Rock, Em Brasília.
Sendo um dos pioneiros do movimento grunge, o Mudhoney surgiu no fim da década de 80, através de sobras do Green River (antiga banda de Mark Arm) e outros músicos de Seattle, incluindo o guitarrista Steve Turner, que já tocará com Mark em projetos anteriores.
Lançado pelo saudoso selo Sub Pop, o Mudhoney aparecia para o cenário alternativo ao lado de várias outras bandas como Nirvana, Pearl Jam, entre outras que você está cansado de saber. O apelo underground sairia de Seattle até se espalhar pelo mundo, e assim o grunge tinha seus dias de glória que foram revividos nostalgicamente nesse show de sexta-feira.
Pequeno e aconchegante, o Clash Club, com capacidade para mil pessoas, só ajudava a reforçar a nostalgia dos tempos áureos do grunge. Um bom lugar para bandas de garagem tocarem, pois acaba sendo impossível falar de rock de garagem sem falar de um dos seus ícones principais, o Mudhoney.

O show foi ótimo como era de se esperar. O público se mostrava muito animado e participativo. A banda, descompromissada como sempre, porém, responsável.
Acima de tudo, vale destacar a simplicidade do Mudhoney fora dos palcos, que também acaba influenciando a banda dentro do mesmo citado. Gerando a irreverência e simpatia de seus integrantes, principalmente a de seu líder Mark Arm, se mostrando sempre humorado e sorridente.
O Mudhoney tocou cerca de 20 músicas com direito a 2 biss. Hinos como Touch me I’m Sick, Suck You Dry e Into The Drink. Essas e muitas outras canções conhecidas misturadas com covers e músicas de seu recente álbum chamado Under a Billion Suns.
Depois de muita sujeira e malvadeza, o show acaba. Quem não vai embora, fica esperando pela banda na saída do club. Em meio a cabelos ensebados e agasalhos de flanela, a banda sai do local ovacionada por parte de seus fans mais fervorosos.

Por mais que o grunge não exista mais, nota-se uma espécie de saudade de um lugar que você nunca foi, em uma época que você ainda provavelmente borrava as fraldas ou assistia carrossel.
Mais uma vez o primo pobre do grunge tem o seu reconhecimento mais do que merecido em terras tupiniquins.



*Provável Set List:

You Got It
Suck You Dry
Where is The Future
Intro The Drink
I Have To Laugh
No One Has
Sweet Young Thing Ain´t Sweet No More
Touch Me I'm Sick
New Meaning(New Song)
It it Us
Fix Me(Black Flag)
You Stupid Asshole(Angry Samoans)
Mudride
In 'n' Out of Grace
Who You Driving Now
Inside Job
Hate The Police(The Dicks)
Get Into Yours
When Tomorrow Hits
The Money Will Roll Right In
Here Come Sickness





sábado, junho 2

The Con


O novo cd da dupla canadense Tegan and Sara já vazou. The Con que está com lançamento previsto para 24 de julho caiu rapidamente na rede,graças a um fan das garotas. Eu como fan também tratei logo de baixar e saber logo o que estava por ouvir. E não me decepcionei!

Com um som um pouco mais maduro,mas sem perder a originalidade que tanto invade a mente twin dessas garotas, The Con é um álbum viciante. Contando com a produção das próprias e do Chris Walla do Death Cab For Cutie, Jason McGerr também do Death Cab, que tocou bateria em algumas músicas, Matt Sharpp do The Rentals/Weezer gravou sua linha de baixo nas músicas compostas pela Sara e Hunter Burgan do AFI para as da Tegan.

A primeira faixa I Was Married, faz a linha So Jealous, com um vocal harmônico e calmo. Logo o clima muda com a faixa título, The Con, que começa com uma levada nos violões e sintetizadores. Aliás ,nesse álbum ouve-se sintetizadores em uma grande parte das músicas. Are You Ten Years Ago, é quase um rap indie, com uma base só de batidas. Já Back In Your Head tem uma levada mais pop e refrão grudento como foi com Walking With The Ghost. O mesmo acontece com Burn Your Life Down, Nineteen e Foorplan, faixas que devem ficar no repeat de tão legais que são. Dark Come Soon é um pouco como título e soa como a mais produzida entre elas. E sem deixar o velho indie folk rock, Call It Off faz o gênero.

Do mesmo jeito que é tão difícil diferenciar as duas, já que são gêmeas idênticas, é encontrar material delas aqui no Brasil. Mas quem gosta e pretende ainda assistir um show da dupla não custa nada ir no myspace delas e deixar uma mensagem fazendo aquele famoso apelo..hehehe.

Tegan and Sara - The Con (2007)
Download

sábado, maio 26

Cansei de ser caipira


O terceiro álbum do Kings of Leon chamado Because Of The Times, já foi lançado, e pelo jeito foi um desses álbuns que dividiram opiniões. Quem não achou uma porcaria, certamente o coloca entre os melhores do ano, mas eu prefiro ficar em cima do muro em relação a isso.

Não é mais surpresa aquele declínio de criatividade ou mudança na estética musical que notamos no segundo ou terceiro trabalho do artista. Quando a banda não busca novos horizontes, permanecem fincados no mesmo tipo de som por álbuns e álbuns, o que acaba sendo chato. Por mais que a banda possa perder um pouco do peso e animação, sempre fui a favor de mudanças. Neste trabalho mais recente do KOL, você as percebe. Logo de cara você ouve Knocked Up, a épica faixa de abertura, 6 minutos de mistério que parece não terminar.

A influência indie-country-rock (seja lá o que for) dos primeiros álbuns, também dão as caras neste. No entanto, misturado a psicodelia e agradáveis melodias pops como On The Call e The Runner. Em meio a tantas faixas esquisitas, Charmer não se diferencia desse aspecto, com uma linha de baixo bastante tensa que dá um toque punk na música, junto com gritinhos eufóricos de Caleb . Uma das melhores faixas do álbum que poderia virar um single, mesmo não tendo um apelo comercial forte.

O KOL faz um terceiro disco não muito consistente, mas surpreendem seus fãs e quem duvidava do potencial da banda.. Está quase lá, digamos que seja um álbum nota 5, mas não foi dessa vez que a família Followill "acertou o braço".




Download Because Of The Times

quinta-feira, maio 17

As minas do riot



'Tudo que é bom dura pouco',já dizia o ditado. E nele inclua bandas de rock também. Foram 11 anos de muito riot-grrrl e a Sleater-Kinney resolveu dar a famosa parada indefinida.Os próximos shows serão os nossos últimos. A partir de agora, não há planos para turnês ou gravações”, é o começo de um texto que as meninas publicaram no site oficial da banda em julho de 2006 www.sleater-kinney.com e logo depois,em agosto, fizeram um show pra alegria e tristeza de muitos fãs.

Formada em 1994 na cidade de Olympia, Washington, sob influência do movimento riot grrrl, mais precisamente do rock visceral e com ideais feministas praticado por bandas como Bikini Kill, a Sleater-Kinney tinha inicialmente em sua formação Carrie Brownstein [vocal - guitarra], Corin Tucker [guitarra - vocais] e Lora McFarlane [bateria]. McFarlane deixou a banda em 1996, após o lançamento do segundo álbum, o Call the Doctor, pela Chainsaw Records. A mesma gravadora que já tinha lançado o disco de estréia [que levava apenas o nome do trio] em 1995. Com Janet Weiss assumindo a bateria, a Sleater-Kinney lançou em 1997 o seu primeiro álbum, Dig Me Out, pelo selo Kill Rock Stars. Na seqüência vieram The Hot Rock [1999], All Hands on the Bad One [2000] e One Beat [2002].Em [2005] lançaram The Woods,considerado o álbum mais cru da banda.

Essas três mulheres realmente agitaram a cena, mesmo não sendo uma banda tão exposta a mídia.Na grande maioria dos festivais elas marcavam presença juntamente com bandas como,Le Tigre,Bikini Kill,Bratmobile,L7 e outras.Não é a toa que hoje em dia várias bandas de garotas são influenciadas pelo riot-grrrl,um grande exemplo é a banda paulistana Dominatrix.
É por tudo isto que a Sleater-Kinney se assumiu como uma banda diferente e interessante. Mas o importante foi talvez o assinalar de uma clara ruptura com o panorama musical atual.E louvadas sejam elas por isso!

Sleater-Kinney Live at Washington,DC (the last show)





segunda-feira, maio 7

Scoop


O mais recente trabalho do cineasta Woody Allen, já saiu em cartaz há algum tempo. Scoop - O Grande furo, conta com a presença de Hugh Jackman e Scarlett Johansson, a nova queridinha de Woody, que tinha estrelado em Match Point, de 2005. E ao contrário do que aconteceu em M.P, Woody sai de trás das câmeras e contracena com a atriz.
Autor de clássicos como Annie Hall, Crimes e Pecados e entre outras pérolas, W.A sempre nos presenciou com situações hilariantes e conflitos amorosos e dessa vez não foi diferente.
As comparações com as obras primas consagradas do diretor, acabam sendo inevitáveis, principalmente pelos fãs mais antigos. Mas WA mostra que ainda pode nos garantir boas risadas.
Rodado em Londres, o filme conta história de Sondra Pransky (Scarlett Johansson), uma jovem estudante de jornalismo que decide investigar uma série de assassinatos que ocorre na capital inglesa. Sondra conhece o mágico Sidney Waterman (Woody Allen), que após envolve-la em um de seus truques, dentro de uma caixa, ela acaba encontrando com o espirito de Strombel (Ian McShane), um repórter que fora morto recentemente. Contudo, o espirito acaba ajudando Sondra a achar um dos suspeitos que se chama Peter Lyman (Hugh Jackman), um aristocrata inglês.
Sondra e Sidney vão a fundo na investigação, mas Sondra acaba se apaixonando pelo suspeito.



A mistura de suspense, comédia e romance, faz lembrar Broadway Danny Rose, principalmente se levar em consideração a trama envolvente do filme. Através de sua perspicácia humorística em meio a tiradas sarcásticas e inteligentes, WA mais uma vez nos faz jogar nossos prozacs pela privada.

terça-feira, maio 1

Favourite Worst Nightmare



Banda formada no começo da década pelo vocalista e guitarrista Alex Turner, os ingleses do Arctic Monkeys se tornaram sensação do rock mundial com seu debut Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, lançado em 2005. Das gravações caseiras jogadas na internet, para capas de revistas personalizadas, pode-se dizer que o A.M são um dos novos queridinhos dessa trupe indie.
Hoje em dia, a velocidade com que uma banda possa chegar ao sucesso, pode ser a mesma que leve ela para um abandono, devido a esse fervilhão em cima das pobres bandas e a tentativa desesperadora de se lançarem a cada semana novos "Kurt Cobains" e "Neverminds". Tá, mas e daí?
O que interessa, é que O ultra-estimado Arctic Monkeys está de volta com o segundo álbum chamado Favourite Worst Nightmare.
Exageros á parte, o A.M está longe de ser uma banda revolucionária, são apenas rapazes que fazem seu som honesto e divertido. A inquietação jovem mostrada no primeiro álbum também se repete no segundo, assim, revelando a limitação da banda ao optar por não fazer algo mais atrevido e diferente.
Canções como Brainstorm, Teddy Picker e Fluorescent Adolescent mostram o melhor do A.M: rapidez e eficiência suficiente para levantar qualquer defunto em uma pista de rock.
Ao longo do álbum, você percebe uma certa repetição em musicas como Only ones who knows e If you there, beware, faixas que nos lembram Riot Van e Perhaps Vampires is a Bit Strong But... do primeiro álbum.
O que foi feito anteriormente, parece se repetir agora de uma maneira diferente: uma produção mais cuidadosa, limpa e investindo em climas soturnos e pequenos elementos psicodelicos.
A regularidade e precisão estão presentes nesse álbum, sem tantos altos e baixos. Turner ainda continua se mostrando esperto nas letras e habilidoso musicalmente junto com seus outros companheiros de banda, mas deixa evidente que não é um tipo de trabalho que possa a ser novidade pra quem já conhece o som do A.M.



Basta esperar o que os Macacos Árticos possam aprontar para nós no futuro.


Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare (2007)
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quarta-feira, abril 25

NYC Ska!

Conhecida e apontada como uma das mais importante bandas de ska,com seis álbuns e várias coletâneas lançadas ao lado de bandas como:Specials e Skatalites,Os Slackers,é hoje considerada a velha guarda do ska nova-iorquino.



Com um repertório flertando do ska,reggae, rocksteady,jazz e o dub,e tendo como a maior influência as fontes jamaicanas é de certo que sejam uma big band,e eles realmente são,visto o número de integrantes da banda,17 no total.

Ano passado os caras fizeram uma tour pelo Brasil tocando 2 dias em São Paulo e 1 no Rio.O público compareceu pra curtir e dançar especialmente num festival que rolou no Sesc Pompéia(SP) e que depois virou dvd numa compilação juntamente com outras bandas do festival.

A postura no palco e letras e melodias sujas rendem comparações interessantes a banda.O LA Times, tradicional jornal californiano, classificou o som do grupo, apropriadamente, de "garage reggae".Com formação no Brooklyn,em NY,a banda não nega que outros gêneros também a influenciem."Gosto muito de Upsetters e Skatalites. São os reis pra mim", afirma Vic Ruggiero, voz e teclado dos Slackers. Depois, completa "Individualmente, gostamos de muitos estilos de música, como o southern country e o punk rock.

Toda essa diversidade dá pra se escutar claramente em álbuns considerados primordiais para se conhecer um pouco do que se trata o ska music: "Better Late Than Never (96)","Redlight (97)","Closed My Eyes (03)","Peculiar (06)"e pra mim os melhores "The Question (98)" e "Wasted Days (01)". Toda essa energia e diversão,só mostra o que os caras fazem de melhor e que são apreciados por muita gente em vários cantos do mundo.


Better Late Than Never (1996)
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Créditos: You & Me and Jamboree Blog





sábado, abril 14

A volta dos Patetas!



Finalmente, o novo álbum dos Stooges está pronto. Depois de muito tempo parado, eles voltam para gravar o quarto álbum de estúdio intitulado The Weirdness - que significa esquisitice, em português. Talvez seja essa palavra que mais defina os Stooges, não apenas esquisitice, mas tudo de bizarro e extravagante que já tenha rodeado a banda. No fim dos anos 60, James Ostemberg era apenas um rapaz comum na cidade de Ann Arbor, interior de Michigan. Um rapaz educado, estudioso, não bebia, não fumava, nem se chapava e adorava tocar bateria na sua primeira banda chamada The Iguanas. Tudo isso durou até ele conhecer os irmãos Ron e Scoot Asheton, e acabou ficando conhecido como Iggy Pop (Amém), apelido dado pelos irmãos Asheton, assim eles formariam “Os Patetas” que nós adoramos tanto. Como um dos percussores do movimento punk, os Stooges lançaram discos memoráveis, e seu front-man Iggy, se tornaria um dos performers mais apaixonados e influentes da história, muito conhecido pelo seu comportamento suicida e violento em cima do palco. Apesar de conquistar muitos fans e ajudar a criar o punk, os Stooges tinham um público alvo mais alternativo e seleto, o que não ajudava na popularidade da banda, e devido ao abuso de drogas de seus integrantes e a vendagem baixa de álbuns, a banda encerrou suas atividades no começo da década de 70, mas eles voltariam a ativa nesse novo século, com um show fantástico em 2005 no claro que é rock. Por mais que tenham passado anos, os Stooges continuam os mesmos, principalmente em suas apresentações ao vivo. Prestes a completar 60 anos, equilibrado e longe das drogas, Iggy é o exemplo de que rockeiros podem envelhecer com estilo e integridade, livrando seus fans de constrangimentos.
The Weirdness soa como um típico álbum dos Stooges, sem perder as velhas características, porém a visceralidade do álbum não alcança a mesma atingida em álbuns como Fun House e Raw Power. Os riffs das músicas seguem uma formula parecida ao longo do disco deixando ele mais exaustivo, mas individualmente você encontra músicas boas. Enfim, Os Patetas já fizeram muito pelo rock e tem todos os créditos com os fans, por isso acho que não vêm ao caso comparar esse novo trabalho com os álbuns do passado, pois, apesar das irregularidades, não é um álbum que possa estragar o legado da banda.


The Weirdness (2007)
Pra ouvir:Trollin, The Weirdness, Mexican Guy, I’m fried.
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sábado, abril 7

Mais Nostalgia


Seria possível mencionar a palavra rock sem falar de The Kinks?
Não sei quanto a você, meu caro amigo (a), mas pra mim seria impossível. Deixando um legado de ótimos álbuns e inúmeras influências, ao exemplo dos Beatles, o Kinks também entraria nessa turma que ajudaram adiantar o rock em anos na efervescente e transgressora década de 60. Considerado por muitos como os pais do rock pesado, no começo da década de 60, os Kinks lançavam clássicos como You Really Got Me, All Day and All of the Night, e entre outros hinos jovens. O guitarrista Dave Davies, enfiara uma caneta no alto falante de um amplificador e assim surgia a distorção, enquanto seu irmão Ray Davies cantarolava com sua voz rouca sem-vergonha e seu charmoso sotaque britânico. Não apenas no som, mas em atitudes arruaceiras como sabotar shows de bandas alheias e falar sobre coisas sociais nas letras, encontradas em músicas como Dead End Street, e Yes Sr, No Sr, ou seja, relatos sobre a pobreza de uma sociedade capitalista e toda decadência do exercito britânico, tudo isso com um toque de ironia e escárnio, enquanto os 4 rapazes de Liverpool cantavam I Wanna Hold Your Hand, sem querer desmerecer os Beatles, é claro, mas nesse ponto os Kinks tiveram mais culhões do que os Beatles, que me desculpe os beatlemaniacos.
Apesar de seus esses méritos, os Kinks não atingiram uma popularidade merecida por vários motivos. A banda foi proibida de pisar nos EUA por algum tempo durante a chamada Invasão Britânica e talvez isso tenha contribuído para uma espécie de esquecimento, sem falar que os irmãos Davies, adoravam uma briguinha e isso na época não era nada bom para o marketing da banda (sorte dos Gallaghers, né?). Porém, isso não diminui a importância da banda para o rock, tanto que ela foi reverenciada no começo do movimento punk, brit-pop e até no rock atual, onde você encontra muitos influenciados.
Assim como a maioria das bandas no meio da década de 60, o Kinks também se deixou levar pelo experimentalismo e psicodelia, em busca de uma sonoridade mais sofisticada e pop. Os Beatles iriam para India em meio a baforadas de maryjuana e doses de ácido, o The Who criaria a ópera-rock, Brian Wilson "cozinhava" para fazer o Pet Sounds, enquanto os Kinks se fechavam em uma tradição de música tradicional britânica, que apesar de não ser algo tão abrangente, não deixa de ser um prato cheio pra você que gosta de música pop de qualidade. Sem fazer algo perto de música clássica como Eleanor Rigby, por exemplo, o Kinks buscava uma sonoridade mais simplória e cativante, com referências de Folk, Blues, Country e etc. Nesse tempo de maturidade, sairiam ótimos álbuns como Something Else, Arthur e Village Green Preservation Society, e Ray Davies se afirmava como um dos melhores compositores de uma geração, compondo músicas para todos os gostos, ao contrário de muitas bandas que apenas se debulham sobre sua tristeza e melancolia. Ray compunha de historias de travestis (Lola) até temas mais populares, como a história de algum tiozinho simples e trabalhador do subúrbio.
Os trabalhos da década de 70 não tiveram um impacto muito forte com o público como nos trabalhos anteriores. A banda voltaria ás paradas de sucesso na década de 80, começo da “geração mtv”, com o single Come Dancing.
No entanto, eu levaria muito tempo para falar de todos os benefícios que os Kinks trouxeram para o rock, seria uma lista imensa. Nomes como David Bowie, Iggy Pop, Van Halen, Supergrass, Blur, Oasis, The Vines,Queens Of The Stone Age e muitos outros que beberam muito nessa fonte e regravaram suas músicas.
God Save The Kinks!

quarta-feira, abril 4

Novidades supergrassianas

Os queridinhos da Susan.

Estou um tanto agraciada com as notícias sobre o novo cd do Supergrass.Segundo o vocalista Gaz,a banda vai entrar em estúdio em breve e pretende gravar seu disco novo em tempo recorde: um mês.

A banda comentou o processo em entrevista a BBC 6. "Nos últimos meses estivemos compondo, indo na casa uns dos outros, temos pequenos estúdios, então temos e idéias e gravamos pequenas demos, estamos fazendo um pouco de pré-produção no momento."

"Vamos para Berlin em breve para gravar e serão sessões rápidas, umas duas ou três semanas, para tentar terminar isso o mais rápido possível". A banda quer que o novo disco soe muito ‘energético’. “Aí é que está o entusiasmo, no que está por vir, no que o futuro nos reserva. É isso que queremos no novo disco. Há música vibrante e empolgante acontecendo”.

Nada melhor do que saber que nesse novo cd os caras podem voltar a velha forma que tanto agrada aos fãs,principalmente pra quem aprecia a fase I Should Coco e Life On Other Planets.Agora é esperar pra ver e ouvir o que os três rapazes de Oxford irão aprontar.

quinta-feira, março 22

Supernature

Já vi que o meu lance não é fazer resenhas de cds recentes,eu tenho uma certa preguiça em ouvir cd novo,a não ser que seja uma banda que eu curta demais,fora isso,meu negócio é a velharia mesmo.


Foi desse modo,deixando pra procurar depois,que eu comecei a ouvir Goldfrapp.Claro que já tinha ouvido muita gente tecendo bons comentários sobre o duo,cds e até mesmo a beleza da vocalista Alison Goldfrapp,mas até eu me interessar mesmo teve aquele click,em especial com o cd Supernature (2005).

É incrível como o som,as batidas e a voz da Alison não soa unicamente electro nesse cd.É uma mistura um tanto indefinida,talvez um mix do próprio electro,trip hop e um pouco de pop.Faixas como 'Ride A White Horse','Slide In' e 'Love 2 C You' são daquelas que você vai ouvir em qualquer club,boate,casa noturna e adjacências,talvez pelo apelo dance pop que elas provocam na primeira ouvida.

Já faixas como, 'You Never Know','Let It Take You','Koko' e 'Time Out From The World',dão aquele clima cadenciado e soturno no cd,uma influência básica do trip hop.


Pra você ouvir o Supernature, não precisa de um rótulo ou nota.Ou você ouve e gosta,ou troca por tecladinhos e efeitos simplórios.

Goldfrapp - Supernature (2005)

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sábado, março 17

Harold And Maude





Semanas atrás, estava assistindo pela milésima vez Ensina-me a Viver. Em momentos que me deparo pensando sobre coisas da adolescência, cenas desse filme sempre me vêm á mente, mesmo tendo apenas 20 anos e não sendo um jovem norte-americano na década de 70, época do governo Nixon,Guerra do Vietnã, cultura Hippie e essa merda toda.
Harold and Maude (titulo original), de 1972, conta história de Harold (Bud Cort, que na época recusou o papel principal de "O Estranho no ninho", para fazer esse filme), um jovem de 20 anos, mórbido, introspectivo que tem como hobby simular suicídios e ir a funerais. Em um desses funerais ele acaba conhecendo Maude (Ruth Gordon), uma senhora de 79 anos, ativa, alegre e muito sábia. O comportamento amável e excêntrico de Maude (como roubar carros, por exemplo), cativa Harold e os dois criam um vinculo muito forte de amizade, até que Harold acaba se apaixonando pela velhinha.
O filme está longe de ser considerado uma obra-prima, mas cativa justamente pela sua simplicidade e por abordar temas existenciais onde falam sobre o sentido da vida. Sem falar do carisma dos personagens, principalmente a ingenuidade de Harold, ou assim por dizer, uma ingenuidade meio falsa, com aquela piscadela de canto de olho.
A cena em que o padre diz o quanto é nojento um jovem ter uma relação sexual com uma senhora de 79 anos, é um exemplo disso, é como se Harold mostrasse que o mundo gira em torno de si mesmo e não dos outros, essas e outras atitudes dele como comprar um carro funeral e soprar bolinhas de sabão depois de um ato sexual ao invés do bom e velho cigarro. Sem dúvida, um tapa na cara do chamado american way of life.
Acho que seja essa a mensagem que o filme queira passar, de que o amor não tem cor, classe social ou idade. Toda a atmosfera saudosista do filme acaba conquistando o telespectador, mostrando a inocência de uma época que talvez já estivesse no fim, caminhando dali para um período solipsista que tem as cartas na mão até os dias de hoje.
A produção do filme chega a ser meio precária em alguns momentos, principalmente no final, mas o ótimo roteiro e a bela atuação dos atores fazem o filme valer a pena. Também vale destacar a trilha sonora composta por Cat Stevens, músicas irritantemente deliciosas.

Do fundo do Baú, fica ai a dica!

Trilha Sonora:Harold & Maude (1972)

quarta-feira, março 7

A bonequinha de luxo do rock.



De uma das mais famosas personagens de "Breakfast At Tiffany's" essa inglesa ganhou o nome e também porque não a genialidade e classe.Holly Golightly hoje em dia pode se considerar uma das mulheres mais atuantes no rock nos últimos 20 anos.

Gravando discos desde 1995,quando lançou o The Good Things e também comandando uma das bandas de garotas mais afudê da história, as Thee Headcoatees,uma versão feminina da clássica banda Thee Headcoats do Billy Childish.
Holly é uma daquelas garotas que você gostaria de ser.Daquelas que empunha uma guitarra e canta sobre tudo,sem medo de parecer piegas..."My love is longer than forever.Endless as the march of time 99 years after never.In my heart you'll still be mine",são alguns dos versos dessa moça.

Variando do rhythm and blues,rockabilly e do rock dos anos 60,é bem comum as famosas parcerias na carreira dela,desde o fiel escudeiro Billy até o conhecido Jack White (vide a faixa "It's True That We Love One Another" do disco Elephant). A mais legal "There Is an End" ,em parceria com os Greenhornes,virou até trilha sonora no filme Broken Flowers.
Com 13 albúns lançados,o mais recente Down The Line,em maio do ano passado,Ms.Golightly prima pela genialidade musical e pelo som cru garageiro que muitas bandas tentam fazer e não conseguem.Coisas de uma garota que começou colecionando discos de soul e r&b e hoje faz a melhor coisa do rock,se diverte com os amigos.


Para alegria de vocês taí o meu favorito da Holly,prontinho pra ser ouvido:

Truly She Is None Other (2002)

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segunda-feira, fevereiro 19

Orange - Jon Spencer Blues Explosion


Como uma das primeiras bandas a não usar baixo, os nova iorquinos do Jon Spencer Blues Explosion andaram comendo pelas beiradas no circuito alternativo do rock nos anos 90. Misturar blues com rock de garagem era uma idéia meio vaga, até surgir o Blues Explosion.
São muitos e muitos álbuns, infelizmente até hoje não consegui ouvir tudo, mas pelo que pude notar, eles alcançaram uma excelência musical em álbuns como Extra Width, Now I Got Worry,Acme e Orange, só para citar alguns. O mais recente que ouvi foi o Plastic Fang de 2002, mas não me chamou muito a atenção como os outros. Não apenas pelo fato do álbum soar menos blues, mas sim pela falta de rapidez e energia dos álbuns anteriores. No Plastic Fang, por exemplo, parece que eles querem soar como Rolling Stones, mas mesmo assim não deixa de ser indispensável pra você que gosta ou quer conhecer a banda.
Qualquer um poderia dizer que o Blues Explosion é a síntese perfeita de blues e rock, mas você encontra muitos elementos eletrônicos e de hip-hop. Apesar de não ser o tipo de banda super produzida, que gastam grana pra caralho pra fazer um álbum, a musicalidade do B.E é muito rica.
Orange pode ser o álbum que mais resuma o espírito do B.E. Cheio de vigor e sensualidade,o seu vocalista Jon Spencer, faz um tipo meio Elvis, aquele tipo bundão impiedoso com as mulheres, sussurrando e cantando daquele jeito falastrão.
Você encontra no álbum todo o andamento suave do blues se entrelaçando com refrões afiados e esporrentos que resulta em um ritmo homogêneo dos melhores. A faixa título Orange, Sweat e Ditch, são exemplos disso. Diferente dessas, Dang não soa blues, é a faixa mais descompromissada do álbum. O riff parece mais um trem desgovernado, a bateria funciona como locomotiva, a intensidade vai crescendo a cada segundo até explodir num refrão insano cheio de berros e gaitas desafinadas, uma verdadeira porra-louquice musical das melhores.
Jon Spencer também usa e abusa de efeitos eletrônicos em Greyhound, enquanto o órgão da instrumental Very Rare, te deixa num clima bem lounge.
Bellbottoms, abre o álbum orquestradamente, violinos e pianos acompanhados por uma levada hip-hop. Logo depois o ritmo muda e fica mais ligeiro, ao melhor estilo da banda.

Nesse álbum, o B.E se afirma como uma das bandas mais corajosas do rock, fazendo algo diferente mas com tudo que uma grande banda pode oferecer de melhor, diversão garantida!

quarta-feira, fevereiro 7

Quem rir por último,rir melhor!

Como a vovó já dizia, esse deve ser o ditado aplicado na vida do Chris Rock nos últimos tempos. Pra quem assiste o seriado Everybody Hates Chris, sabe do que eu estou falando. A série praticamente aborda uma parte da infância do próprio Chris (Tyler James Williams), tendo ele como narrador do seu cotidiano nada normal. O dia-a-dia da família Rock, contada de uma forma sarcástica e excêntrica, mostrando a vida num bairro barra pesada de NY nos anos 80, onde habita as mais loucas figuras, desde seus cafetões até a famosa máfia do bairro.
Chris do alto dos seus 13 anos, entrando na adolescência, é sempre obrigado pelos seus pais, Rochelle (Tichina Arnold) e Julius (Terry Crews), a tomar contar de seus dois irmãos mais novos, Drew (Tequan Richmond), o garotão boa pinta e seguro de si, e Tônya (Imani Hakim), a irmã pentelha que vive a questionar tudo.
Enquanto isso recém chegado na Corleone Junior High, a escola do bairro italiano, Chris, se vê alvo dos típicos valentões do colégio, aqueles que roubam a sua merenda, aprontam alguma gracinha e te colocam na "detenção". Mas graças a sua inteligência, Chris consegue fazer um novo amigo, Greg (Vincent Martella), que assim como ele é visto como mais um nerd na escola.Juntos eles vão descobrir que a adolescência numa escola nova não é nada simples.

Além dessas loucuras a série ainda conta com uma trilha sonora no mínimo revival, nomes como: Tears For Fears , Lionel Richie, Stevie Wonder, Rick James, Biz Markie, Eurythmics...enfim, só a nata dos 80's.


Pra quem gosta de uma boa série,com alta dose de sarcasmo e bom humor,taí os horários:

SONY: Sexta (20h00/00h00), Sábado (07h00/12h30)
Domingo (06h00)

RECORD
Domingo (12h45)

domingo, janeiro 21

Sacudindo os lençois novamente.

Estava demorando, mas finalmente o novo cd do Ted Leo and The Pharmacists vai dar o ar da sua graça.A data não é tão próxima, 20 de março, mas quem já esperou quase 2 anos desde o 'Shake The Sheets' pode sossegar e começar a juntar as economias.

Living With The Living traz uma influência mais indie rock,com músicas mais cadenciadas e vocais menos ritmados,mas não deixando o bom e velho punk que o Leo se diz influenciado de lado.Produzido por Fugazi's Brendan Canty e gravado no Long View Farm Studios em Massachusetts, o cd tem as seguintes 15 faixas:
  • Fourth World War
  • The Sons of Cain
  • Army Bound
  • Who Do You Love?
  • Colleen
  • A Bottle of Buckie
  • Bomb.Repeat.Bomb
  • La Costa Brava
  • Annunciation Day/Born on Christmas Day
  • The Unwanted Things
  • The Lost Brigade
  • The World Stops Turning
  • Some Beginner’s Mind
  • The Toro and the Toreador
  • C.I.A
Graças a poderosa internet 3 músicas já vazaram, tá que a qualidade não é assim lá tão boa, mas a curiosidade é maior.Baixem e ouçam!
(cortesia do site TIMOROUSME.ORG)

sexta-feira, janeiro 12

Guitarra é tão arquétipo...


Vai fazer mais ou menos 2 anos do lançamento do primeiro e único álbum do Death From Above 1979, pode parecer meio tarde pra falar deles, mas não importa.
Pra quem não sabe, DFA é uma dupla canadense formada pelo baterista e vocalista Sebastien Grainger, e pelo baixista Jesse F. Keeler, também tocando um teclado, eventualmente. Há algum tempo atrás, as pessoas estavam se babando pelo som do White Stripes e lembro de ouvir comentários do tipo: "porra, aqueles irmãos white são demais, fazem um som foda apenas usando guitarra e bateria." Tá certo, mas eu posso te dizer que o DFA faz um som mais fodido ainda e sem guitarra, por mais que não tenha guitarra, o baixo acaba soando como guitarra, portanto não se assuste, é uma banda normal.
Seja como for, considero You're A Woman I'm A Machine um dos álbuns mais explosivos do novo rock. As influências vão de Gang Of Four até Queens Of The Stone Age.
O disco inteiro é pesado, mas não deixa de ser uma boa variação. Músicas como Little Girl e Blood On Your Hands, perfeitas para pista, enquanto faixas como Pull Out, Cold War e faixa título do álbum, representam o lado mais punk e rápido da banda.
Não só dando enfase a porradaria do DFA, também vale destacar os vocais de Sebastien Grainger, o sujeito tem uma garganta poderosa.
Se você é o tipo de pessoa que se importa tanto com originalidade, é uma boa sujestão, DFA soa atual e único, é uma pena ter acabado. E como a nossa amiga Susan disse no post anterior, DFA não é uma banda para se fazer amor.

Let's Fight Kung Fu And listen to Death From Above!

Clipe de Blood On Your Hands:
http://www.youtube.com/watch?v=fRxDeRu3AtI