sexta-feira, março 21

And the Oscar went to...



Está certo que o Oscar já foi, mas como sempre sou atrasado em relação ao cinema, venho aqui deixar algumas impressões sobre o grande vencedor.
Ao assistir “Onde os Fracos Não Tem Vez” (No Country for Old Men), fiquei agradavelmente surpreso por um filme fora dos padrões hollywoodianos ter levado quatro estatuetas (ao invés de qualquer mega produção épica ter saído vencedora).

Violência, sangue e humor negro, são marcas registradas dos irmãos Coen (“Fargo” e “O Homem que não Estava lá”). Portanto não tinha por que ser diferente dessa vez.
Adaptado do livro de Cornan McCarthy, os irmãos Coen não mexeram muito na história e fizeram a seu estilo ousado de filmar.


No desolado deserto texano, o cowboy e veterano de guerra Llewelyn Moss (Josh Brolin) encontra uma maleta de 2 bilhões de dólares no meio de uma carnificina que não poupa nem mesmo um cachorro. Macaco Velho como é Llewelyn, ele sabe que não está sozinho. O carniceiro Anton Chigurh (Javier Bardem) será a pedrinha no sapato de Llewelyn. Perseguindo–o nem que seja até o inferno. Desde esse ponto, inicia-se uma perseguição alucinante, com os dois atores atuando com a frieza de qualquer sujeito culhudo da costa oeste.
Mas não podemos esquecer da presença de Ed Tom (Tommy Lee Jones), um xerife que acompanha a perseguição por fora (ele é o protagonista). Ed Tom é a personificação do gentil Americano, com o típico ar de xerife decadente que já viu de tudo nessa vida.

A ambientação para um estilo de filme western-moderno, nos lembra faroestes dos anos 50 e 60, mas sem o heroísmo daquela época e abordando os valores marginais e doentios que sempre estiveram inseridos na sociedade americana.
Muita coisa é abstrata no filme. Pra você que viu ou pretende ver no cinema, sabe que muita gente sairá da sala dando suspiros de insatisfação no final.
Mesmo com aquela sensação de que faltou alguma coisa, o clima de derrota e desilusão durante o filme, acaba combinando perfeitamente com seu desfecho.



Um comentário:

Anônimo disse...

Até agora, não tive oportunidade alguma de ver. Só ouço elogios.

Mas eu ainda acreditava em Juno! ;)