sábado, outubro 13

Deus abençoe o Foo Fighters!

Dave Grohl deve ser um desses caras mais sortudos do mundo, um motherfucker mesmo. Como baterista conseguiu tocar na banda mais influente dos anos 90 e não se sente nem um pouco desconfortável à frente de uma banda de rock tão popular como o Foo Fighters, talvez por isso ele se divirta tanto. Em Echoes,Silence,Patience & Grace cujo repertório visita variações do rock'n'roll, Grohl afirma que todos na banda se tornaram melhor compositor e melhor instrumentista. Que o disco soa como algo que nunca foram capazes de fazer antes. Soa destemido!

Qual banda hoje em dia seria capaz de criar um rockão como "The Pretender", depois uma balada daquelas que fazem você querer ouvir a toda hora "Stranger Things Have Happened",alfinetar seu desafeto pessoal e viúva do seu ex-companheiro de banda em "Let It Die", homenagear mineiros da Austrália que ficaram soterrados em 2006 e que ouviam FF enquanto aguardavam resgate com “The Ballad of the Beaconsfield Miners”.

Essa banda é o Foo Fighters,que é capaz de criar um disco perfeitamente pop e invejosamente rock!

*http://www.youtube.com/watch?v=DKhnmUdmz74
(The Pretender Video)

terça-feira, outubro 2

Pérolas do fundo do mar


Pode-se dizer que o The Coral faz parte da segunda divisão do novo rock. A banda teve seu momento hype há mais ou menos cinco anos atrás e hoje conquista um publico menos expansivo.
Bandas como Supergrass, por exemplo, faziam um estardalhaço no primeiro álbum e depois desapareciam, a ponto de fulano que ouve Supergrass ser um indie seboso, e a banda acabava ficando com aquele status meio que cult.
Mas pelo menos no caso dessas duas bandas que citei, parte do abandono não foi devido á qualidade de seus seguintes álbuns. Não que isso seja um incômodo pra mim, mas eu gostaria muito de ouvir bandas como o The Coral tocando no rádio...bom, ai já é outro assunto, né não?!

O The Coral encantava o mundo com seu debut homônimo em 2002. A musicalidade bem variada, bebendo bastante no rock/pop sessentista, anos 80, até coisas exóticas experimentais que não saberia explicar para você.
Os traços de neo-psicodelia também são uma marca registrada em todos os trabalhos do Coral, variando do folk misterioso britânico e viagens lisérgicas Jim Morrissianas.

Esses ingleses de Hoylake (pertinho de Liverpool), lançam agora seu quinto álbum nomeado de Roots & Echoes. Não se encontram muitas novidades nesse disco, mas mesmo assim, criatividade por aqui não é escassa. Não tão inspirado como seu antecessor The Invisible Invasion de 2005, que considero o melhor da banda. Contudo, os caras não fazem feio em Who’s Gonna Find Me, Jacqueline, In The Rain e Music At Night.
Mergulhe sem medo!