quinta-feira, março 22

Supernature

Já vi que o meu lance não é fazer resenhas de cds recentes,eu tenho uma certa preguiça em ouvir cd novo,a não ser que seja uma banda que eu curta demais,fora isso,meu negócio é a velharia mesmo.


Foi desse modo,deixando pra procurar depois,que eu comecei a ouvir Goldfrapp.Claro que já tinha ouvido muita gente tecendo bons comentários sobre o duo,cds e até mesmo a beleza da vocalista Alison Goldfrapp,mas até eu me interessar mesmo teve aquele click,em especial com o cd Supernature (2005).

É incrível como o som,as batidas e a voz da Alison não soa unicamente electro nesse cd.É uma mistura um tanto indefinida,talvez um mix do próprio electro,trip hop e um pouco de pop.Faixas como 'Ride A White Horse','Slide In' e 'Love 2 C You' são daquelas que você vai ouvir em qualquer club,boate,casa noturna e adjacências,talvez pelo apelo dance pop que elas provocam na primeira ouvida.

Já faixas como, 'You Never Know','Let It Take You','Koko' e 'Time Out From The World',dão aquele clima cadenciado e soturno no cd,uma influência básica do trip hop.


Pra você ouvir o Supernature, não precisa de um rótulo ou nota.Ou você ouve e gosta,ou troca por tecladinhos e efeitos simplórios.

Goldfrapp - Supernature (2005)

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sábado, março 17

Harold And Maude





Semanas atrás, estava assistindo pela milésima vez Ensina-me a Viver. Em momentos que me deparo pensando sobre coisas da adolescência, cenas desse filme sempre me vêm á mente, mesmo tendo apenas 20 anos e não sendo um jovem norte-americano na década de 70, época do governo Nixon,Guerra do Vietnã, cultura Hippie e essa merda toda.
Harold and Maude (titulo original), de 1972, conta história de Harold (Bud Cort, que na época recusou o papel principal de "O Estranho no ninho", para fazer esse filme), um jovem de 20 anos, mórbido, introspectivo que tem como hobby simular suicídios e ir a funerais. Em um desses funerais ele acaba conhecendo Maude (Ruth Gordon), uma senhora de 79 anos, ativa, alegre e muito sábia. O comportamento amável e excêntrico de Maude (como roubar carros, por exemplo), cativa Harold e os dois criam um vinculo muito forte de amizade, até que Harold acaba se apaixonando pela velhinha.
O filme está longe de ser considerado uma obra-prima, mas cativa justamente pela sua simplicidade e por abordar temas existenciais onde falam sobre o sentido da vida. Sem falar do carisma dos personagens, principalmente a ingenuidade de Harold, ou assim por dizer, uma ingenuidade meio falsa, com aquela piscadela de canto de olho.
A cena em que o padre diz o quanto é nojento um jovem ter uma relação sexual com uma senhora de 79 anos, é um exemplo disso, é como se Harold mostrasse que o mundo gira em torno de si mesmo e não dos outros, essas e outras atitudes dele como comprar um carro funeral e soprar bolinhas de sabão depois de um ato sexual ao invés do bom e velho cigarro. Sem dúvida, um tapa na cara do chamado american way of life.
Acho que seja essa a mensagem que o filme queira passar, de que o amor não tem cor, classe social ou idade. Toda a atmosfera saudosista do filme acaba conquistando o telespectador, mostrando a inocência de uma época que talvez já estivesse no fim, caminhando dali para um período solipsista que tem as cartas na mão até os dias de hoje.
A produção do filme chega a ser meio precária em alguns momentos, principalmente no final, mas o ótimo roteiro e a bela atuação dos atores fazem o filme valer a pena. Também vale destacar a trilha sonora composta por Cat Stevens, músicas irritantemente deliciosas.

Do fundo do Baú, fica ai a dica!

Trilha Sonora:Harold & Maude (1972)

quarta-feira, março 7

A bonequinha de luxo do rock.



De uma das mais famosas personagens de "Breakfast At Tiffany's" essa inglesa ganhou o nome e também porque não a genialidade e classe.Holly Golightly hoje em dia pode se considerar uma das mulheres mais atuantes no rock nos últimos 20 anos.

Gravando discos desde 1995,quando lançou o The Good Things e também comandando uma das bandas de garotas mais afudê da história, as Thee Headcoatees,uma versão feminina da clássica banda Thee Headcoats do Billy Childish.
Holly é uma daquelas garotas que você gostaria de ser.Daquelas que empunha uma guitarra e canta sobre tudo,sem medo de parecer piegas..."My love is longer than forever.Endless as the march of time 99 years after never.In my heart you'll still be mine",são alguns dos versos dessa moça.

Variando do rhythm and blues,rockabilly e do rock dos anos 60,é bem comum as famosas parcerias na carreira dela,desde o fiel escudeiro Billy até o conhecido Jack White (vide a faixa "It's True That We Love One Another" do disco Elephant). A mais legal "There Is an End" ,em parceria com os Greenhornes,virou até trilha sonora no filme Broken Flowers.
Com 13 albúns lançados,o mais recente Down The Line,em maio do ano passado,Ms.Golightly prima pela genialidade musical e pelo som cru garageiro que muitas bandas tentam fazer e não conseguem.Coisas de uma garota que começou colecionando discos de soul e r&b e hoje faz a melhor coisa do rock,se diverte com os amigos.


Para alegria de vocês taí o meu favorito da Holly,prontinho pra ser ouvido:

Truly She Is None Other (2002)

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